domingo, 15 de julho de 2012

DOR MUSCULAR TARDIA

Todos os praticantes de atividade fisica e de esportes em geral, e até mesmos os indivíduos sedentários já passaram alguma vez na vida por um episódio de dor muscular tardia. A Dor Muscular Tardia - DMT é caracterizada pela senação de desconforto e/ou dor na musculatura esquelética que ocorre algumas horas após a prática da atividade física. A dor não se manifesta até, aproximadamente, oito horas após o exercício, aumentando progressivamente de intesidade nas primeiras 24 horas e alcançando o máximo de intesidade entre 24 e 72 horas (Tricoli, 2001). Após esse período há um declínio progressivo da dor, de modo que de 5 a 7 dias após a carga de exercício ela desaparece completamente (Tricoli, 2001; Foschini, Prestes, Charro, 2007), ela é relatada principalmente por praticantes iniciantes de treinamento de força (Tricoli, 2001; Foschini, Prestes, Charro, 2007). Para que ocorra a DMT a intesidade da atividade física é mais importante do que sua duração.

Existem diversa teorias sobre os possíveis mecanismos do surgimento da DMT. Como por exemplo, retenção de líquidos nos tecidos ao redor das fibras musculares e alteração na concentração de cálcio intramuscular (Guedes, 2005), porem atualmente a mais estudas é a de que ocorrem microlesões nas miofibrilas seguida de inflamação resultando na dor (Nascimento et al, 2007). Os músculos lesionados têm como característica ficarem rígidos e sensíveis ao toque, a amplitude de movimento é reduzida, a capacidade de gerar força não é reduzida porem o aspecto psicológico da dor faz com que o indivíduo não consiga alcançar seu desempenho máximo (Nascimento et al, 2007).

Um estudo foi realizado com um grupo de 10 mulheres, no qual elas teriam que realizar uma sequência de 300 contrações excêntricas (10 vezes de 30 repetições) envolvendo o quadríceps femoral. Tal excercício expôs às mulheres a dor muscular progressivo, atingindo o pico de DMT após 24 horas e um número expressivo de glóbulos brancos foi encontrado no grupo muscular exercitado, sugerindo uma inflamação aguda (Tricoli, 2001).

TRATAMENTO

Várias formas de tratamento já foram estudadas: a massagem, os alongamento passivos e estáticos, acupuntura, a até mesmo o uso de antiinflamatórios. Nenhum desses teve sua eficiência comprovada. Alguns estudos apontam a crioterapia (Tratamento com gelo) como uma nova estratégia para reduzir a DMT, uma modalidade de tratamento interessante e de fácil acesso na abordagem da infalmação gerada pelas microlesóes musculares induzidas pelo exercício. P propósito da crioterapia de hematoma e também reduzir a dor (Laurino, 2010)

Alguns autores sugere que o exercício é a melhor terapia a ser utilizada no tratamento da DMT, seja reduzindo a intensidade e duração por 1 ou 2 dias ou alterando exercícios que visem outros grupos musculares menos afetados (Nascimento et al, 2007), entre todos os tratamentos este parece se o mais recomendável, sendo sugerido para que não ocorra a perda do ritmo de treino, e ao mesmo tempo possa ocorrer a recuperação dos músculos afetados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FOSCHINI, D; PRESTES, J; CHARRO, M. A. Relação entre exercício fisico, dano muscular e dor muscular de inicio tardio. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, São Paulo, 2007.

GUEDES, S. Dor Muscular Tardia. Belo Horizonte, 2005.

LAURINO, C. F. S. Efeitos da Crioterapia na dor muscular tardia. Núcleo de Estudos e Esportes em Ortopedia. Disponível em . Acesso em 30 de abril de 2001.

NASCIMENTO, C. R. V et al. Dor Muscular Tardia: Etiologia e Tratamento. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.1, n.2, p 90-99, Mar;abr 2007.

TRICOLI, v. Mecanismos Envolvidos na Etiologia da Dor Muscular Tardia. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Brasília v. 9 n. 2 p. abr/2001.